O sistema ocidental de escrita musical e sua decorrente leitura têm origens ainda na idade média cujos propósitos eram específicos, à saber. No entanto, o processo de “produção musical” espontânea entre os povos (culturas humanas) sempre existiu independente da existência ou não de qualquer sistema de escrita musical.
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O estudo da Leitura para a Guitarra deve ser trabalhado de maneira especifica. A leitura é apenas uma forma de comunicação entre os músicos que certamente facilita muito o exercício musical cotidiano. Porém, não podemos esquecer que, não é da tradição do musico “popular” ler e escrever musica, pois, existem muitos Guitarristas no mundo que não escrevem e nem lêem musica e nem por isso deixam de ser músicos respeitáveis. Pois, o repertório guitarristico trabalha com margem de improviso, o que de certa forma contribui para a não necessidade da leitura. É no Jazz, onde encontramos guitarristas, talvez os mais aplicados e dotados da leitura musical.
De toda a pesquisa que fiz desde finais dos anos 70 até hoje, refiro-me exclusivamente ao mundo didático da guitarra, foi no Jazz (ou mesmo na tradicional musica brasileira ou MPB) que encontrei os melhores didatas da guitarra. Claro que pode existir bons didatas em todos os estilos, entretanto, sabemos que estes didatas de outros estilos vieram de escolas, onde muitas vezes tais jazzistas são (ou foram) professores. Lembrando que no final dos anos 60 com o surgimento do Rock Progressivo inglês, muitos musicos vieram de uma formação musical clássica mesclada ao Rock, carregando informações musicais acadêmicas.
Mesmo o autodidatismo poderá nos levar à fontes, as quais, os jazzistas (ou músicos ecléticos) da guitarra protagonizam o processo de ensino. Para estudarmos leitura corretamente devemos ter um professor especifico. Aqui a intenção é dar apenas uma noção do assunto.
Devemos entender Leitura sob dois aspectos: a Leitura Rítmica que se refere à duração das notas e a Leitura Melódica que se refere às notas enquanto Intervalos musicais que surgem em seqüência constituindo na verdade a Musica propriamente dita. Daí decorre a Leitura Harmônica. Portanto, para desenvolvermos uma boa leitura na guitarra, devemos conhecer muito bem as divisões rítmicas da musica, bem como, as localizações das notas na pauta em relação ao braço-escala da Guitarra.
No que se refere à Leitura Rítmica, não basta só conhecer as figuras e valores da Rítmica musical. Devemos saber também, o que é Unidade de tempo, de Compasso, e Grupo Rítmico que são elementos importantes para entendermos as estruturas rítmicas que formam o “esqueleto” de toda a musica ocidental processada. “A lei do Ritmo baseia-se na divisão ordenada do tempo.
Cada intervalo de tempo tomado como unidade é susceptível de ser dividido em partes iguais” (Pozzoli – Ed. Ricordi). É da divisão e subdivisão da Semibreve, figura que adotamos como aquela de maior valor em nosso sistema rítmico, que se deriva a variedade do discurso Rítmico (ver Introdução).
Solfejo Rítmico e Ditado Ritmico
Por Solfejo entende-se a pronuncia silábica (vocal) que imita a quantidade de duração de cada som escrito (valores rítmicos) com utilização de silabas onomatopaicas, ex: TA, PA, TCHI, etc.
No caso do Solfejo Melódico, utiliza-se os nomes das notas cantadas (vocalizadas) ou as vogais (a, ê, é, i, ô, ó, u) equivalentes aos vocalizes usados no estudo do Canto.
O Ditado Rítmico é a base da escrita Rítmica, que expressa o próprio Solfejo.
As Definições expostas acima são convencionais. No item Solfejo, entretanto, pode haver controvérsias quanto ao Método pratico de ensino, porém, precisamos de uma referência para estudo.
Compassos Simples e Compostos
*Consulte os COMPÊNDIOS de GUITARRA vol. 01 e 02 (ver página: COMPENDIOS Vol.01 e 02)
* Percepção Auditiva – https://wesleylelycaesar.net/percepcao-auditiva/
Aulas Semanais, Quinzenais e Avulsas: https://wesleylelycaesar.net/aulas-semanais-quinzenais-e-avulsas/